Apesar do empenho de alguns arruaceiros que
gravitam em torno do Benfica e se autointitulam Benfiquistas, em denegrir o ato
eleitoral, este, foi um sucesso. Parabéns aos candidatos de ambas as listas,
apesar de algumas picardias a descontar à emotividade e muita adrenalina
característicos destas ocasiões.
Os elementos da lista vitoriosa, nomeadamente o
reeleito Presidente do nosso clube, devem perceber que o voto maciço dos
Benfiquistas não sanciona todos os atos de gestão passada nem significa a mera
expetativa de continuidade. Significa sim, que os sócios lhe reconhecem
capacidade para prosseguir o projeto de consolidação e desenvolvimento
económico e desportivo passível de conduzir o nosso clube à liderança
desportiva nacional e ao mais alto patamar do desporto internacional.
Tal implica a racionalização e otimização de
todas as superestruturas empresariais, administrativas e desportivas sem
concessões à incompetência, à irracionalidade, à deslealdade, à passividade, à
ostensividade ou simples vaidade. É gratificante para qualquer um trabalhar no
Benfica mas…competência em primeiro lugar, não esquecendo a cultura permanente
da mística Benfiquista, apanágio secular do nosso clube.
O Presidente eleito, deve ser magnânimo e, com
sinceridade, convidar os candidatos opositores a apresentarem as suas sugestões
disponibilizando mecanismos de participação institucional regular, a nível
consultivo, durante o mandato agora iniciado. A dissidência é o mecanismo de
evolução por excelência de qualquer entidade, desde que vise o bem comum, neste
caso, do nosso querido clube. E todos seremos necessários.
Os candidatos vencidos, devem perceber que a sua
participação é imprescindível à vida do clube, escrutinando a gestão
estratégica e corrente, identificando fragilidades, erros, apresentando
alternativas, construtivamente, sem ressentimento nem despeito, respeitando os
órgãos legitimamente constituídos e sempre visando o Bem comum.
Porém, devem manter-se, também, vigilantes
relativamente às ameaças externas, nomeadamente dos dirigentes dos clubes
inimigos e adversários, dos organismos desportivos, das corporações dos agentes
desportivos relevantes, da tutela governativa e dos agentes partidários com
relevância no setor. Só assim poderão ajudar a clube na prossecução dos objetivos
comuns e consolidar a sua própria credibilidade.
Finalmente, as figuras idóneas integrantes da
candidatura da lista B, deverão olhar para o universo dos seus apoiantes e
ponderar se, efetivamente, aceitam os arruaceiros, que exercem o seu
autoproclamado Benfiquismo nas fronteiras da marginalidade, promovendo a
violência, a intolerância, o ataque sórdido aos elementos dos órgãos dirigentes
legitimamente constituídos e seus apoiantes, afrontando ostensivamente e estupidamente
a legislação em vigor, colocando o nosso clube em risco de sofrer pesadas
sanções dos poderes instituídos, geralmente coniventes com a desordem que se
instalou no desporto nacional e sempre desejosos de mostrar serviço,
empenhando-se ativamente em “pôr o nosso clube na ordem”.
Para o ex-candidato Rui Rangel, enquanto cidadão
quero dizer-lhe que, a ser verdade o que consta, legal ou não, não acho que
fique bem a um magistrado candidato ao que quer que seja na “sociedade civil”,
aceitar o apoio explícito e ativo de pessoas dependentes do seu magistério
judicial.
Posto isto, é tempo de darmos as mãos, unidos no
combate àqueles que nos tratam dentro e fora do relvado como inimigos, perante
a cumplicidade dos oportunistas e cobardes que todos os dias se demitem das
suas responsabilidades democráticas.
Gil Vicente-Benfica (0-3)
Saúdo a vitória da nossa equipa no jogo de hoje
sobre a honrada equipa do Gil Vicente, em especial a integração e o desempenho
dos jovens portugueses que refletem uma viragem importante na política
desportiva do nosso clube.
Uma palavra de apreço para o Lima pelo excelente
golo, resultante do seu primoroso posicionamento e qualidade técnica, associada
ao cruzamento milimétrico de outro excelente atleta Benfiquista dos quatorze
costados, que é o nosso Maxi.
Enzo Pérez, encheu o campo com o seu empenho e
talento sem regatear esforços, assumindo-se cada vez mais como o grande
dinamizador de todo o jogo da equipa, para nosso regalo.
Ola John, igualmente, mostrou que é um atleta de
eleição, que trata a bola com subtileza mas eficientemente; com excelente
posicionamento e visão de jogo, qualidade e timing no passe, poder de drible
curto estonteante, alta velocidade, profundidade de jogo e grande sentido de
baliza. Está aqui um craque que vai dar que falar.
Não posso deixar de salientar o nosso Artur, com
um par de defesas de alto calibre, mostrando mais uma vez toda a classe que lhe
conhecemos.
Matic, revela-se cada vez mais um guerreiro
fortíssimo dentro do campo, fechando espaços e disputando a bola em cada
milímetro do terreno. O seu entrosamento na equipa e a racionalização do
esforço através de uma gestão eficiente do seu posicionamento, fará dele, em
breve, um atleta de referência no nosso clube e na Europa.
Garay já nos habituou à sua classe que nos empolga,
com o seu posicionamento primoroso e uma capacidade de prestidigitador em
roubar a bola ao adversário quase sem ele dar por ela.
Ao André Gomes e ao Luisinho, em quem depositamos
fundadas espetativas, endereço os parabéns pelas exibições e magníficos golos,
Enfim, todos merecem os parabéns pela vitória num
terreno bem difícil, onde um dos nossos adversários baqueou.
AB
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