Os dados estão lançados para a eleição dos corpos gerentes do Sport Lisboa e
Benfica para o próximo quadriénio. À esperada recandidatura de Filipe Vieira,
juntou-se a de Rui Rangel encabeçando, por fim, os principais críticos da gestão
anterior. Os discursos dos candidatos e seus apoiantes sobem de tom. Espero que
as respetivas campanhas se centrem nos correspondentes projetos, com respeito
mútuo, como é apanágio da cultura benfiquista.
Qualquer projeto para o Benfica terá sempre que visar a prossecução das
vitórias desportivas em todas as frentes, profissionais e amadoras e a difusão
do Benfica e do Benfiquismo – os valores da competência, da valentia, da
lealdade, da universalidade, do humanismo e do patriotismo – quer na frente
interna, quer na frente externa.
Defendo, nesta fase, como principais objetivos estratégicos para a gestão do
Benfica durante o próximo mandato:
1. Independência financeira do Grupo Benfica face a instituições que servem
os interesses de adversários diretos, distorcendo as regras da concorrência
desportiva, nomeadamente no que concerne à alienação dos direitos desportivos e
outros.
2. Prossecução da trajetória de aumento sustentado da competitividade de toda
a atividade desportiva, com especial ênfase no futebol sénior.
3. Reconciliação de todos os Benfiquistas.
4. Redução do passivo financeiro em, pelo menos, 20 %.
5. Refinanciamento do passivo financeiro reduzindo as respetivas taxas de
juro.
6. Restituição do futebol ao Povo de modo a manter o estádio tendencialmente
cheio.
7. Intensificação e diversificação dos processos de participação dos
acionistas e dos sócios na vida do Clube.
8. Intensificação e diversificação da difusão do Benfiquismo na sociedade
Portuguesa, principalmente nas camadas jovens, quer em território nacional, quer
junto das comunidades portuguesas no exterior, quer nos Palop, quer onde se
identifiquem oportunidades emergentes.
9. Constituição de um Conselho Consultivo integrado por personalidades
intrinsecamente Benfiquistas, com peso institucional e profissional incluindo
elementos da lista vencida.
10. Aquisição de competências relevantes em Direito Desportivo interno e
externo habilitantes da participação a todos os níveis, na reforma regulamentar
do desporto e escrutínio permanentemente a sua execução.
11. Introdução na retórica corrente da Direção do Grupo Benfica, na esfera da
sua estrita competência, o questionamento dos agentes políticos e governamentais
relacionados direta ou indirectamente com política desportiva, se necessário,
adequando os estatutos do clube.
12. Otimização da eficácia de todos os meios de comunicação do Grupo, com
especial relevo para a Benfica TV.
13. Elaboração de um projeto consistente na área da comunicação social de
forma a salvaguardar, tanto quanto possível, a fiabilidade dos agentes do setor
e gerindo a difusão das notícias do universo Benfica.
14. Elaboração, com a participação dos associados, um código de ética
Benfiquista vinculativo e fazê-lo aprovar em Assembleia Geral.
15. Definição de uma política de alianças estratégicas duradouras com clubes
nacionais e internacionais garantindo benefícios mútuos.
16. Elaboração de proposta de reforma dos quadros competitivos para o futebol
profissional contemplando a autonomia financeira dos clubes participantes.
17. Elaboração de proposta de reforma das cedências ou aquisição de atletas
entre clubes do mesmo escalão.
18. Avaliação da relevância para a competitividade dos principais clubes
nacionais face aos seus congéneres mundiais, da promoção de um campeonato
europeu em substituição dos nacionais, para os clubes participantes.
Procederei, em crónicas posteriores, ao desenvolvimento de cada um destes
pontos.
AB
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