Desporto

quinta-feira, 25 de abril de 2013

O árbitro que não gosta de marcar penáltis


 In DN; por ANTÓNIO TADEIA, 23 abril 2013



Tal como há jogadores que driblam mais e outros que passam mais a bola, há árbitros que apitam mais faltas (e, por inerência,penáltis) e outros que o fazem com menor frequência. A atuação de João Capela no dérbi lisboeta, no qual deixou por marcar duas grandes penalidades a favor dos leões, foi coerente com aquilo que ele é como árbitro: trata-se do juiz que menos penáltis marca na Liga portuguesa e esta época ainda só tinha apontado um, a favor do FC Porto, depois falhado por Jackson Martínez nos Barreiros.

Capela apitou já dez jogos da Liga, nos quais assinalou 267 faltas, a uma média de 26,7 por jogo, apenas superior às de Marco Ferreira (26,3), Bruno Esteves (26,1) ou Luís Ferreira (22,8) e nos antípodas, por exemplo, de Bruno Paixão, que segue com uma média de 36,6 infrações assinaladas por desafio. É por isso normal que seja também dos que menos penáltis marca: apenas um em 900 minutos de futebol. Paulo Baptista, Pedro Proença, Rui Costa e Renato Gonçalves também só assinalaram uma grande penalidade, mas em menos desafios apitados, o que faz de Capela o juiz que menos penáltis marca na Liga portuguesa.

Aliás, Capela tem vindo a caminhar no sentido do tal "critério largo" que lhe apontaram anteontem. A sua média de faltas (26,7) é bem inferior às que vinha registando até aqui: 31,8 em 2011/12 e 36,3 em 2010/11. Pode concordar-se ou não, mas uma coisa não pode dizer-se: que João Capela mudou para o dérbi. Ele já vinha apitando assim quando foi escolhido.



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