A equipa do Benfica evoluiu muito desde o anterior jogo com o Zenit o que justificava alguma esperança na vitória. Não aconteceu, mas, efectivamente, verificou-se que era possível. Com zero a zero ao intervalo - não vi a 1ª parte -, o Benfica entrou na 2ª parte a dominar, chegando mesmo a "asfixiar" com autoridade o adversário, o qual não arriscava muito além do seu meio-campo, por incapacidade ou por estratégia. Por três ocasiões os encarnados poderiam ter marcado mas disso não pode imputar-se responsabilidade ao adversário. Após os trinta minutos iniciais, o Zenit mudou de tática; subiu no terreno, povoou o meio-campo e abriu a frente de ataque, contando, eventualmente, com alguma desconcentração e desgaste físico do Benfica, o que veio a verificar-se no lance do golo em que Danny actuou sem marcação - mérito seu -, e Ulk, livre de pressão, fez o cruzamento fatal. Consumado o golo, o Zenit voltou ao registo anterior, colocando os seus jogadores nos primeiros quarenta metros aguardando tranquilamente pelo fim do jogo, a escassos dez minutos, ciente de que a ansiedade roubaria discernimento ao adversário.
Julgo que faltou intensidade à equipa do Benfica, especialmente no período em que dominou, uma vez que se verificou algum descontrolo dos jogadores do Zénit, e faltou maturidade tática, quer neste período em que a concretização falha por défice de leitura de jogo - não houve acompanhamento dos lances -, quer no período subsequente em que se falharam vários passes e no lance do golo em que houve falta de marcação ao Danny.
O Benfica fica assim de fora da Liga dos Campeões julgo que por ter sido apanhado em falso no início da competição em que a equipa estava em formação. Sorte para o Zénit e para o Bayer Leverkussen. Enfim, apesar de tudo foi uma equipa personalizada que tem ainda potencial de crescimento. Com algumas diferenças - Talisca esteve em baixo -, os jogadores encarnados, em geral estiveram bem - Luisão deveria ter rematado com o pé esquerdo ao 2º poste, ou com o pé direito ao 1º poste ou ter assistido o avançado, e César pareceu-me mal batido.
A equipa do Zénite mostrou maior disciplina táctica e beneficiou da excelente qualidade dos intervenientes no golo.
Quanto à equipa de arbitragem, por momentos cheguei a pensar que o árbitro era o 12º jogador do Zénite, embora não tenha identificado erros grosseiros.
Agora há que apontar as baterias para o campeonato e começar a planear adequadamente a próxima época.
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