
Bjorn, recorrendo a trabalhos científicos atualizados de múltiplas fontes, reconhece o tendência do aquecimento global do planeta, afirmando contudo que é excessiva a previsão do aumento de temperatura média de 2,5 ºC até ao final do século, e que a humanidade já demonstrou capacidade para lidar com tal fenómeno sem grandes complicações. Tal tem-se verificado nas grandes cidades que constituem ilhas de temperatura face às temperaturas médias, nas quais as comunidades se adaptaram, quer recorrendo à tecnologia, quer ao equilíbrio urbanístico.
Diz Bjorn Lomborg que, se todos os países implementassem as medidas preconizadas no Protocolo de Quioto, tal implicaria gastos astronómicos, com o consequente empobrecimento dos povos, entenda-se; menor capacidade de acumulação e difusão de riqueza, enquanto o resultado seria o de retardar em cerca de 3 a 4 anos os efeitos do Aquecimento Global, relativamente ao que se verificaria se nada fosse feito! Surpreendente!
Ao cotejar em profundidade, a solidez da argumentação catastrofista relativamente às consequências do Aquecimento Global, mostra a outra faceta do fenómeno, habitualmente esquecida e, afinal, positiva para a humanidade. Defende sim, a adopção de medidas moderadas de controlo das emissões, como por exemplo a taxação do carbono, mas, sobretudo, defende que a melhor forma de proteger as populações das consequências do AG, consiste em aumentar o seu nível de riqueza, através de investimentos de natureza social, como sejam, o combate do HIV e da malária, a execução de infraestesturas de saneamento e de abastecimento de água, a melhoria das condições de nutrição das populações, etc.
Um trabalho que vale a pena conhecer, que enquadra de forma mais abrangente o assunto em causa e do qual farei breves sínteses em artigos subsequentes. Toda a histeria que se tem verificado em torno do assunto, com consequências drásticas para as economias de muitos países deve ser objeto de reserva e de avaliação crítica. É o que faz Bjorn Lomborg, neste trabalho exemplar.