Antonella Cinelli - Segreti
O jornal diário Correio da Manhã (CM), revela frequentemente, em matéria desportiva, especialmente na que envolva o Benfica, atitudes asquerosas. Percebemos que professa ativamente um anti benfiquismo militante usando as mais variadas artimanhas para, ou denegrir o clube vermelho quando perde ou depreciar as suas vitórias. Não sei se 17 milhões euros de encargos públicos com o projeto olímpico nacional - cerca de 4 milhões por ano - é muito ou pouco. Porém sei que tal avaliação deve contemplar o impacto global no desporto nacional de alta competição e não apenas nas medalhas.
As participações portuguesas em provas olímpicas sempre foram parcas em medalhas. As limitações são muitas, a começar pela falta de relevância que a doutrina política nacional atribui à massificação do desporto juvenil e seu enquadramento técnico; seja relativamente a pessoal seja quanto a infraestruturas. De todo o modo, não se exigem medalhas olímpicas como quem pede uma bica!, ganhar aos melhores do mundo, seja em que modalidade for, não é coisa que se exija, ou que seja alcançável só com dinheiro; pessoal e infraestruturas. Sem talento, os tais ovos, nada feito. E isso não se inventa! Carlos Lopes, Rosa Mota, António Leitão, Fernanda Ribeiro, Nelson Évora e Telma Monteiro, são casos excecionais. Ainda assim, Além da medalha da Telma houve participações honrosas várias, acima do 1oº lugar, o que me parece muito bom, sendo de considerar que, quer a Telma, quer o Nelson se viram a braços com lesões graves - mais o Nelson -, no período antecedente.
Mas o ponto que pretendo focar não é este. Aparentemente, o que o CM quer dizer é que 17 milhões de euros é excessivo para tão fraco resultado, criticando, implicitamente, todo o projeto olímpico. Por outro lado, a montagem da notícia - título com a foto da Telma ao lado mostrando a medalha - visa; implícita e explicitamente criar no leitor a ideia de que aquela medalha não valeu a pena!...Evidentemente. Porque a atleta em questão é do Benfica e este clube se empenhou muito ativamente na sua preparação, bem como de outros atletas, alguns dos quais com resultados dignos, casos da Dulce Félix, de um canoísta e de um triatleta, dos quais não recordo os nomes.
Ora o que é adequado é enaltecer o feito da Telma, conseguido graças à excelência com que domina a sua disciplina e à sua tremenda vontade de vencer, bem como o Benfica, desafiando outros a seguirem lhes as pisadas.
Mas não!, o anti benfiquismosinho, mesquinho, doentio e bafiento mais uma vez surgiu em todo o seu esplendor em mais uma demonstração da falta de qualidade do jornalismo de que Portugal padece, uma das causas do estado de decadência em que a "democracia" lusa se encontra.
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