Notam-se ainda erros primários, como alívios defensivos para a zona frontal, passes ao adversário, retenção inoportuna da bola, centros mal medidos e, ainda, alguma desarticulação no setor defensivo - como foi o caso do golo sofrido (algo parecido ao do Sporting). Julgo que terá faltado, também, melhor gestão do esforço, uma vez que, na ponta final, alguns defesas parecia terem "falta de pernas". Há margem de progressão, assim o Treinador e Dirigentes consigam manter o balneário blindado ao "estardalhaço" que anda por fora.
Varela saíu em falso, não sei porquê, Ruben Dias continua a aliviar para zonas perigosas e Grimaldo falhou a marcação no lance do tento arsenalista. De resto, todos bem, com Cervi, Krovinovik, Sálvio e Jonas endiabrados e Raul a justificar mais minutos.
Soares Dias, não esteve bem. Parece condicionado. Ele, e os colegas em situação idêntica, deviam recusar apitar, explicando os seus motivos. Assim é que não é nada.
A interrupção Estoril-Porto ao intervalo pode justificar-se pelas razões aduzidas - de segurança -, mas o que é certo é que, tendo em conta as personagens envolvidas e o resultado desfavorável aos azuis, fica sempre a dúvida. O que é certo é que, quando a Justiça falha, o crime se perpetua.
(Cândido Portinari - Lampião e Maria Bonita, 1947)
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