Dizem-me que o nulo da 1ª parte refletiu o que se passou no
relvado, com oportunidades de ambos os lados. Já no 2º tempo vi um Benfica
tranquilo e humilde procurando os caminhos da baliza adversária. O empenho e
talento habituais do honrado Paços não
foram suficientes para travar o furação Sálvio & Cª. Um eixo defensivo
tremendo, um trinco ao melhor nível, alas perfurantes e eixo ofensivo matador.
Muito bom o 1º tento aliando a força e técnica do Sálvio ao sincronismo de
Lima; sincronismo a virtude sem a qual nada funciona numa equipa de futebol.
Excelente gesto de Rodrigo no 2º, num belo remate de pé esquerdo em zona
frontal rodeado de defesas contrários e oportuníssimo John, na recarga, a
balançar a rede com grande serenidade. Felizmente que Aimar começou a rodar
saindo a equipa incólume da inevitável falta rotação após longa paragem.
A atração de mais espetadores ao
futebol, passa, também, pela melhoria qualidade dos estádios. Não é possível
proporcionar bons espetáculos em campos pequenos como é o da Mata Real.
Espetáculo é o objetivo do futebol e não outro.
Cosme Machado esteve ao seu
nível, que é o da fruta fora de prazo.
Agora venha a 2ª mão e depois a
final, no Jamor e para ganhar. Pena o calendário adotado ser irrazoável.
Apesar das reservas que o atual Presidente da LPFP me suscita devido a anteriores ligações a dirigentes e consultores "nortecoreanos", admito que tem prosseguido com coragem o quase solitário caminho de desmantelamento da nefasta influência do universo olividesportos no futebol luso.
Com a conivência de múltiplas entidades apostadas na construção do Portugal Novo - o Portugal dos trafulhas -, assegurando o monopólio dos direitos das transmissões desportivas, aquela entidade tem vindo a encher os seus cofres com recursos que deveriam ser canalizados para os clubes.
Ao contrário, impondo os calendários dos jogos, esvazia os estádios, ganhando espetadores do seu canal desportivo, que lhe permitem maximizar as receitas publicitárias, enquanto lança os clubes na indigência, tornando-os presa fácil do kim jong ill cá do burgo.
Com toda uma vasta panóplia de recursos, desde cedência ou aquisição de atletas, fornecimento de técnicos e dirigentes, controle institucional e dos juízes de campo, o dinossauro-mor do pédibol, aspirante a herói da sua rua, rápidamente sateliteliza os clubes do seu agrado, fomentando o antibenfiquismo primário perante a cobardia generalizada.
Diz Mário Figueiredo (em o CM 26.01.2013): "É impossível gerir o espetáculo do futebol sem controlar diretamente as transmissões televisivas e as respetivas receitas."
Mais à frente: "...Até agora as regras têm sido ditadas pelo operador em ter grandes assistências de TV em detrimento das assistências nos estádios."
Ainda: "Há uma figura central nos últimos 15, 20 anos: Joaquim Oliveira, que tem controlado os fluxos financeiros no futebol, acumulando centenas de milhões de euros, que deveriam pertencer aos clubes, numa situação de abuso de posição dominante em prejuízo dos clubes e dos consumidores. Nos últimos tempos, a sua posição tem sido coadjuvada por um seu antigo funcionário, atual presidente da FPF, e por um senhor ministro da tutela, que, numa espécie de concubinato, têm servido para a perpetuação de um sistema ilegal e injusto."
Declarações assombrosas que justificam o benefício da dúvida relativamente ao autor das mesmas. Simultâneamente, revelam uma importante alteração no xadrês político do futebol. Com efeito, há um alargado grupo de clubes que reclama independência, afrontando quem os tem esmagado financeira e desportivamente. O futebol português necessita dela, sob pena de definhar até à irrelevância. Pode ler-se no mesmo trabalho; "perderam-se 300 mil espetadores nos estádios!"
O Benfica, principal vítima do domínio branco mercê do estado de periclitância financeira em que também caíu num passado já distante, solitário resistente e combatente dos usurpadores, tem novos argumentos ao seu alcance, que importa não menosprezar.
Urge pois, aprofundar o conhecimento do projeto de Mário Figueiredo e seus apoiantes, sopesá-lo em toda a extensão, identificar áreas de convergência que permitam aumentar a probabilidade de sucesso da luta pela restauração da dignidade ao futebol e aos clubes, para que possa voltar a valer a pena ver um espetáculo de futebol sem o estigma da revolta e do ódio.
A recente tragédia no egipto deveria constituir motivo de reflexão para todos os incentivadores da intolerância desportiva bem como para os que têm obrigação institucional de punir os crimes de incentivo ao ódio e à violência.
Quanto à tutela, já percebemos que o atual ministro parece estar alinhado com os atuais mandantes da bola, desde logo pela determinação que se lhe percebe em retirar ao Estádio Nacional a realização da final da Taça de Portugal, com as velhas alegações de falta de condições de higiene e segurança! Nem kim jong ill, teria feito melhor. Bom seria que Alexandre Mestre e Passos Coelho percebessem que não somos parvos.
Foi um Benfica personalizado, confiante,talentoso e solidário que entrou no Municipal de Braga. O supercriativo Gaitan no miolo, alas potentíssimas e ponta de lança de barba rija foram escaqueirando a defensiva Bracarense. Matic, apoiado pelo príncipe da bola de seu nome Enzo Pérez, tratavam da recuperação e do início da construção. Luizão imperial, mandava na defesa apoiado por um cada vez melhor Jardel. Melgarejo está um senhor defesa-esquerdo e Maxí apresentou-se em melhor forma. Artur disse presente quando foi preciso e não teve responsabilidade no golo.
Foi assim durante toda a primeira parte que rendeu dois belos golos dos virtuosos Gaitan, John, Sálvio e Lima, onde à visão e qualidade técnica de Gaitan responderam Sálvio e Lima com garra, força e talento; com o tempero de que deveriam ser feitas todas as vitórias.
Já na segunda parte o Benfica mudou a estratégia para registo controle que custou um golo e muita aflição. Uma velha dificuldade que tarda em ser superada, aconselhando moderação no uso deste modelo. Estou convicto que deveria ter sido mantida a dinâmica inicial procurando o terceiro; depois então passar-se-ia ao modelo contenção.
Tenho uma simpatia especial pelo Enzo. Muito evoluído técnicamente, é um lutador solidário não regateando esforços na apoio defensivo; fala pouco, não gesticula, não discute...simplesmente...joga e faz jogar! Bravo!
Lima parece decidido a apostar no fabrico de chapéus de belo recorte. Desta vez porém o lance aconselhava progressão e bomba ou finta sobre o guarda-redes. Teria sido fenomenal! Cansado para um sprint de 40 metros? Uma fézada?
Gostei de ver o Urreta entrar a tempo de ainda fazer umas boas arrancadas. Tenho uma grande fézada nele; temos jogador. Igualmente, gostei que o Kardek tenha pisado o terreno de jogo; é um incentivo ao trabalho. As qualidades estão lá; necessitam de ser buriladas, em especial a leitura de jogo.
O Braga mostrou a qualidade que lhe vem sendo habitual; bom modelo de jogo, boa dinâmica servida por atletas de boa craveira técnica. Emergiu na segunda parte sobrepovoando o meio campo,com pressão alta e muita iniciativa nas alas. Muito bem a visão e passe do Eder passando o esférico a centímetros da cabeça do Jardel entregando-o de bandeja ao avançado Pedro que, com excelente receção e controle, fez o golo, fazendo subir os niveis de ansiedade entre nós, Benfiquistas. A expulsão do central, retirou-lhes argumentos táticos mas não os impediu de criar perigo até final.
Não sei porque caíu Lima no lance da expulsão. Parece ter sido desiquilibrado pelo defesa, mas não vi contacto algum; será que houve? O Árbitro falhou alguns cartões a atletas do Braga incentivando-os ao jogo faltoso, funcionando algumas vezes como central e armador desta equipa. Nada, porém, comparável às já tradicionais cenas das equipas de arbitragem nestes jogos. Terá sido ocasional ou será uma tendência? A ver vamos!
Ocorreu-me que o castigo de dois meses com que Luisão foi agraciado pela FIFA está a influenciar o campeonato podendo mesmo ser decisivo. É necessário que a FIFA conheça as consequências do seu gesto. Os jogos e as competições devem resolver-se dentro das quatro linhas e não nos corredores do poder.
Gostei da sobriedade das declarações de Jorge Jesus e da referência que fez à coragem dos adeptos do Benfica para verem o jogo. As autoridades têm que pôr mão nos bandidos que por aquelas e outras bandas, espalham o terror entre os Benfiquistas!
Há ou não liberdade de circulação e de expressão em Portugal? Combate-se a homofobia, a discriminação religiosa, racial e política e permite-se promoção da cultura anti-Benfica? Em nome de quê?
Como se esperava, apesar do mau
tempo, os norte-coreanos foram passear a Setúbal. Como se previa, regressado do
descanso que deveria ter sido regenerador, Pedro Proença - o homem do ano para
o “A Bola” - foi o juiz da contenda. Como se adivinhava, recorrentes
incidências facilitaram o jogo aos do costume. Como manda a tradição, fora os
pífios protestos de José Mota e alegadas altercações de indignados adeptos
sadinos, os Dirigentes do Setúbal parece terem engolido silenciosamente as
incidências do jogo.
Como é hábito, num ato que faria
corar os censores de Salazar, alguns lances decisivos não foram mostrados nas “têvês”
do regime. Como consta da doutrina norte-coreana, na semana que antecedeu o
confronto, a comunicação social, qual obediente rebanho, tratou de alavancar o ruido
saloio das hostes brancas destinado a sustentar, por antecipação, a trovoada
desportiva que viria.
Convicto de que o acidentado
desempenho de Proença constitui a esperada retribuição por recentes pífias distinções.
Indignado perante a total incapacidade institucional de acabar com o estado de
indigência e degradação em que vegeta o desporto nacional, em particular o futebol.
Enojado perante os hipócritas rodriguinhos escrupulosos de quem tem obrigação
de promover a irradicação do tráfico de influências no desporto relativamente aos
publicamente conhecidos mentores desta lenta destruição, dei comigo a sentir
pena!
Pena dos Adeptos do Vitória de
Setúbal, pela tristeza de assistirem impotentes à humilhação do seu clube,
consentida devido ao estado de indigência financeira crónica em que se encontra.
Pena dos Atletas deste clube, que correm e lutam ingloriamente, impedidos de
aspirarem, sequer, a uma derrota honrosa!
Pena dos Atletas do FCP, pela inacessibilidade
à honrosa vitória; aquela que suscita respeito e admiração no adversário
alimentando a autoestima do vencedor. Pena dos Adeptos do FCP pelo estado de
carência que revelam aceitando vitórias manchadas, insuscetíveis de suscitar o respeito
dos outros, incapazes de perceber que o valor dos troféus reside na forma como
são conquistados.
Pena da indigência deste Portugal,
de perpétua mão estendida, incapaz de reagir e punir os bandidos que,
lentamente, inexoravelmente, lhe corroem os cofres e a alma em nome de uma nova
ordem sustentada no ódio, vítimas de um ressentimento doentio, atávico,
paradoxal, perante a retórica democrática emergente da vitória da “luta contra
as trevas da ditadura”.
Defendo há muito a importancia de o Benfica se constituir num centro do debate do desporto nacional. Tal requer a captura de competências multidisciplinares afins; massificação, modalidades, profissionalismo, espetáculo, regulamentação, sustentabilidade, contencioso, promiscuidade política, corrupção e seu combate, doping, etc. Tal desiderato só se conseguirá assegurando a colaboração dos mais competentes nas respetivas matérias, capazes de centrar os debates no essencial, sem medo de romper tabus e de promover confrontos profícuos. Tal como a histeria acéfala, a paz podre nada resolve.
O programa "Tempo corrido" constitui uma excelente iniciativa neste domínio, carecendo de um salto qualitativo. O convidado de hoje foi o Secretário de Estado do Desporto Alexandre Mestre com Luis Filipe a entrevistar. Apesar da oportuna visita, as questões foram colocadas de forma amorfa sem que se percebesse com clareza os seus objetivos, deixando ao convidado todo o espaço para responder de forma inócua.
Não sei de que clube é o SED atual. Trata-se de um jurista e consta que é conhecedor da pasta, no entanto, há algo que parece não ter ainda percebido: A preocupação de equidistância não se coloca relativamente a entidades ineidóneas. A preocupação primordial é com a verdade, a leldade, a coesão nacional, a qualidade e o desenvolvimento do desporto Não deve haver pruridos relativamente a agentes de corrupção direta ou indireta . Não há corrupção boa e má. A verdade desportiva não deve fazer cedências às conveniências politicopartidáras.
Não vale a pena convidar quem quer que seja, sem estar disponível para tratar do que é essencial, com cordialidade, mas com clarividência e frontalidade. È necessário dizer não à paz podre e estabelecer roturas onde devem ser feitas. O Povo, em particular os Benfiquistas, tem que saber quem é quem! Quem olha para o desporto com fins lúdicos e sociais e quem o usa como instrumento de difusão de ódios, discriminação e de afirmação de um espúrio domínio, não reconhecido precisamente por ser imerecido.
Há que identificar os "craques" de cada setor e convocá-los para o debate; elencar os temas fraturantes, eleborar as perguntas, identificar os entrevistados e escolher o jornalista, o qual, depois de tudo muito bem estudado deve ir para o "combate" televisivo, com cordialidade sim, mas com firmeza e pronto a desmantelar tabus. É necessário que estes convidados sintam que não estamos a brincar e que queremos que cada um deles escolha o terreno e as armas do seu combate. Para todos sabermos quem é quem!
A preocupação pelo desfecho do
jogo prolongou-se até ao final da primeira parte. Chuva copiosa, adversário
combativo, alguma lentidão de processos por parte do Benfica foram adiando a
alteração do marcador. Uma arrancada à Sálvio culminada com remate forte e
cruzado ao segundo poste pôs justiça no marcador, espevitando os cónegos, que
se tornaram mais afoitos, sem no entanto criarem situações de perigo relevante.
Melgarejo dava nas vistas, Luisão
impunha a sua lei, Máxi mostrava-se
ainda longe do seu standard, Gaitan - qual rato atómico - esburacava a muralha
dos Moreirenses e Matic safava-se ao
temido amarelo. E veio o segundo num movimento ofensivo primoroso a rasgar toda
a defesa contrária, com Lima, a passe de Ola John a isolar-se e a fazer um
magnífico chapelinho ao Ricardo. Caiu que nem ginjas!
Depois fez-se a gestão do
plantel, com Cardozo a dar lugar a Rodrigo e Gaitan a Ola John.Os bravos atletas do Moreirense bem se
esforçaram mas não revelaram argumentos suficientes para bater a defesa
encarnada. O terceiro tento esteve à vista por mais que uma vez, nomeadamente,
no penalti prontamente não assinalado pelo inefável João Capela, o qual se
mostrou complacente no capítulo disciplinar relativamente aos verde-brancos os
quais, assim, foram abusando do estafado antijogo, característico do burgo.
Felizmente não houve lesões dos
nossos e temos o Matic e o Luisão
prontos para o Braga onde, certamente, alguém está a cuidar convenientemente
das caldeiras, do sistema elétrico, e da segurança nos acessos ao estádio axa e
ao relvado.
A proliferação de publicações
desportivas acentuou de forma decisiva os fatores externos de condicionamento
dos jogos e consequentemente das respetivas provas. O trabalho específico
efetuado junto da opinião pública constrói grande parte do contexto em que os
eventos se desenrolam, influenciando o respetivo desfecho, que tende a
repercutir os conceitos dominantes.
Em tempo de consolidação e
otimização estrutural, chegou o momento de expandir o projeto comunicacional do
SLB de forma a fazer frente aos principais adversários que, nesta área, nos
levam dianteira desde há muito.
À boleia das fragilidades da
democracia e dos desígnios regionalistas explícitos, o lóbi portista, nas
últimas décadas, teceu uma teia de cumplicidades transversal a todos os setores
da sociedade portuguesa, nomeadamente na comunicação social, que lhe tem
proporcionado o domínio espúrio do desporto nacional perante a incredulidade
da população, supostamente liberta da prepotência do regime anterior.
De facto, o patético, saloio e
despeitado fundamentalismo portista, encontra paralelismo na doutrina dos
movimentos de libertação das ex-colónias, nomeadamente do PAIGC, em que o seu
fundador e doutrinador, Amílcar Cabral, apenas considerava povo os
aderentes ao seu partido. Os restantes habitantes do território, constituíam a
população, à qual foi vedado o exercício de cargos públicos, em muitos casos, o acesso ao
trabalho, o acesso dos seus filhos à educação ou simplesmente julgados em
tribunal ad-hoc e assassinados sumariamente.
Numpaís cujos principais atores políticos e
militares se gabam de o ter resgatado dos braços da ditadura e nele restaurado
a liberdade, assistimos ao vexame da ostracização da população não portista, do
abusivamente autoproclamado território azul! Tal sucede de forma acentuada
relativamente aos portuenses Benfiquistas, como atestam frequentes testemunhos
que têm vindo a público.
O exercício da liberdade
conduziu-nos a esta odiosa discriminação que se vai aprofundando e alastrando
na sociedade portuguesa e que consiste em considerar portuenses apenas os adeptos
do clube azul, criando um clima de hostilidade a todos os outros, que, com o
tempo, acabarão por se afastar ou se converter ao portismo, passando a
constituir uma nova categoria de portistas; os portistas-novos!
Entretanto, os restantes clubes
históricos da cidade do Porto - Boavista, Salgueiros, Clube da Foz - passaram à
irrelevância, ficando os azuis com o monopólio da representação da cidade. Foi
esta perversão intolerável, que permitiu a colagem do clube à política regional
e seus apoiantes nacionais, os partidos do poder.
É por esta razão que olegários, proenças,
elmanos, dias, xistras & Cª, tanto erram em benefício dosazuis. É por esta razão que, liga, federação,
uefa e fifa, vegetam numa inação protetora. É por esta razão que tribunais,
governos, partidos e demais superestruturas do país fazem orelhas moucas aos
incómodos protestos das vítimas. Os azuis são um clube político regional difusor de ódio. O Benfica é um clube desportivo universal difusor de fraternidade.
Neste quadro, a comunicação
social dominada pelos parceiros azuis, tem tido a profícua missão de manipular
a opinião pública a contento destes e pressionar os diversos agentes desportivos e
políticos de acordo com os seus propósitos. É tempo de lutar nesta arena com
o argumento do peso social do Benfica.
É hora de convocar os
Benfiquistas para a missão de defender o seu clube, afirmando os seus valores e
desmascarando a trafulhice e o ressentimento, em especial aquelas personagens
que se têm destacado pela idoneidade, consensualidade e competência,
nomeadamente no exercício de cargos relevantes na sociedade.
Tal é o caso de Bagão Félix, cuja
definição de Benfiquismo, quanto a mim, deveria ser adotada pelo clube.
Competência, humanismo, cordialidade e capacidade retórica adveniente da sua
sólida cultura geral e cristã, fariam dele um embaixador notável do clube.
Bagão Félix tem do futebol a
justa medida, vinculando-se ao fascínio da arte inerente, captando a
exuberância estética dos grandes lances, cultivando o afeto ao seu clube e a
lealdade fraterna ao adversário.Félix, tem o dom
da justa crítica, incapaz de regatear aplauso a quem o mereça, incluindo
adversários.
Deveria ser convidado
para embaixador do Benfica, o que permitiria colocar ao serviço do clube e do
desporto em geral a sua capacidade diplomática junto da opinião pública;
fazendo a pedagogia da tolerância e da lealdade pelo desporto; sugerindo
projetos para o seu desenvolvimento; desmascarando o oportunismo, a
trafulhice e a prepotência que corroem o desporto nacional e agastam a
população.
Entregar-lhe-ia sem pestanejar um programa na Benfica TV com total
liberdade de ação, onde poderia dar largas à sua enorme capacidade ao serviço
do Benfica e do desporto.
Não tenho a menor dúvida de que
Bagão Félix se afirmaria como fator de união dos Benfiquistas e dos
portugueses, aumentando o peso institucional e social do clube.
Não creio que Bagão Félix necessitasse
de qualquer tipo de metralhadora; nem AK 47, nem Dupont.
Voltaram os velhos e saudosos dez minutos à Benfica! Vitória incontestável,
com espetáculo a preceito, para gáudio dos amantes do bom futebol. Indiferente
às baboseiras que os norte-coreanos, ressabiados, vão resfolegando com histerismo,
indiferentes aos tradicionais brindes com que, nos últimos tempos, as equipas
de arbitragem têm agraciado a fiel Briosa, ostentando uma autoconfiança
emergente da consciência das suas capacidades, os atletas do Benfas puxaram dos
galões e, num festival de jogo ofensivo, cedo decidiram a eliminatória, perante
o detentor do troféu. Magníficos os quatro golos, resultado da exuberante determinação
e inteligência coletivas e técnica
individual. O último de Lima foi cruel para o bom do Pfiser!
Outro remédio não tiveram os
adversários senão reconhecer, sem choradinhos, a superioridade incontestável do
Benfica. Já os erros de Jorge de Sousa, mesmo grosseirões, não tiveram
relevância.
Regressado Luisão, lesiona-se Gray, prosseguindo a sucessão de
múltiplas contrariedades que têm ocorrido esta época, numa não estranha
convergência, às quais a estrutura do clube tem dado soberba resposta, demonstrando
ter este ascendido a patamar competitivo mais consentâneo com os seus
pergaminhos.
O jogo Benfica-Porto (2-2),
continua a desenrolar-se fora das quatro linhas, onde também, os “norte-coreanos”
gozam da cumplicidade do grosso da comunicação social em todas as frentes, distorcendo
a real estória da partida. Na verdade, tentam esconder o fracasso do antijogo
que praticaram, resultante da consciência da sua incapacidade em o disputar taco
a taco. Receio bem demonstrado nos soberbos lances que precederam os golos que
sofreram e noutros, onde a “muralha de aço”, foi literalmente desmantelada.
Igualmente, os ataques a João Ferreira, visam esconder os benefícios de que
disfrutaram, nomeadamente, ao serem-lhes perdoadas duas GP - uma sobre Gaitan, outra sobre Garay - e várias expulsões, desde logo ao Mangala - talvez tenha sido ele e não Helton o salvador branco ao incapacitar parcialmente o Cardozo -, ao Moutinho e ao Fernando. Depois,
quem vai à guerra dá e leva! Conveniente seria apresentar um
resumo do jogo com os lances onde os norte-coreanos foram beneficiados impedidndo o vencimento das suas teses ainda que patéticas, que tradicionalmente lhes rendem proveitosos frutos. Eu disse frutos? Ó diabo!
Com o rigor científico do costume, posso
garantir que o nosso esquelético PIB subiu uns, vá, 0,25% quando o aríete eslavo furou as redes da agremiação norte-coreana.
Assim que se consumou, aquela geometria metafísica desenhada por Gaitán,
Melgarejo, Lima, Cardozo e Maticanimou os bolsos da pátria. Só em
consumo de cerveja e tremoço, a economia teve ali um estímulo como há muito não
tinha. Porque aquele golo não é apenas um golo. Aquele golo tem de ser
descrito no plural:são e serão sempre seis linhas rectas unidas pela fé
e pela memória. Daqui a 20 anos, várias conversas regadas a cerveja e
rodeadas de cascas de tremoços começarão com o "lembras-te daquele golo do
Matic quando fomos campeões em 2013?". Aquilo é um recorte de memória para
emoldurar, tal como a trivela de Kulkov em Leverkusen, tal como a cabeçada de
César Brito nas Antas, tal o míssil de Isaías em Londres, tal como a bicicleta
de Miccoli em Liverpool.
Como dizia há pouco, o golo de Matic já
está na memória do futuro mas também está na fezada aqui e agora. O jogo
reforçou a minha fé na vitória no campeonato. Os nervos do clube rival são,
aliás, um bom sinal. Cresci com o Benfica a ser esmagado pela agremiação
norte-coreana. Há uns 10 anos, se levasse um golo logo aos 5 minutos, o Benfica
sairia do estádio com uma goleada. No domingo, vi uma coisa diferente, vi o
Benfica dar a volta frente aos norte-coreanos. E isso é uma ruptura
epistemológica, pá, é o mesmo que ver uma bola subir uma rampa sozinha,
desafiando todas as regras da gravidade. A equipa aguentou-se, virou duas vezes
o resultado e podia ter vencido com toda a justiça. Sim, com toda a justiça.
Ai, ai, o adversário controlou o jogo, blá-blá-blá, ai, a semiótica do
meio-campo, ai, a cultura da posse de bola, blá-blá-blá.
Jogar à bola é rematar à baliza ou é andar
a brincar com ela? Na segunda parte, o Benfica teve as únicas chances de golo.
Se tivesse rins, Jardel teria rodado para o golo; se tivesse olhos, Salvio
teria metido a bola num Cardozo tão isolado como um homem honesto no parlamento;
se não tivesse a cabeça nas arábias, Aimar teria cabeceado para um golo anulado
pelo bandeirinha; se um raio tivesse fulminado Helton, Cardozo teria feito o
golo da sua carreira. Enquanto o Benfica dava este espectáculo de desperdício,
o adversário não rematou à baliza na segunda parte. Acabámos por cima, com o
guarda Abel a fazer substituições defensivas. Ah, pois, a semiótica do
meio-campo, já me esquecia.
PS: já agora, a semiótica do meio-campo
deu 50% para cada lado. Mas a ladainha pegou. Parece que o Benfica tem de
comprar um Barthes para o meio-campo.
Cerca de 70 por cento das escolas
na Holanda são privadas. Ou seja, o sistema público de educação da Holanda é
baseado em colégios privados com contratos de associação com o Estado. Em vez
de gastar dinheiro na construção de escolas estatais, o Estado financia
directamente os alunos e as famílias através do pagamento das propinas nos tais
colégios; o colégio recebe x por cada aluno público. Em Portugal, estes
colégios representam apenas 4% da rede escolar. Sim, é verdade que os 70% da
Holanda são um outlier, mas uma curta investigação diz-nos que este modelo é
comum na Bélgica (50%), Espanha (25%), França (20%), Malta (24%), Reino Unido
(16%).
Estamos a falar de escolas
privadas que fazem um grande serviço público. Não é por acaso que acontece o
seguinte: quando ameaçam fechar estes colégios aqui em Portugal, as cidades, as
vilas, as terras, os pais, os alunos, no fundo, as comunidades servidas pelos
ditos colégios levantam-se em peso para os defender. Porquê? Porque são
melhores do que as escolas estatais, muito melhores. Com o mesmo tipo de aluno,
estes colégios conseguem resultados superiores. Mais: conseguem esses
resultados com menos dinheiro. Para o contribuinte, é menos dispendioso
suportar a propina do "João" no colégio privado do que suportar o
"João" na escola estatal do outro lado da rua.
Vamos agora supor que o
primeiro-ministro tinha a coragem e a inteligência para propor uma mudança
estrutural no ensino. Vamos supor que o primeiro-ministro dizia o seguinte:
"portugueses, o nosso ensino tem de mudar, não tem bons resultados e é
demasiado caro. Julgo que existe um modelo superior e, ainda por cima, menos
dispendioso. Seguindo muitos países europeus, iremos apostar nos contratos de
associação com colégios privados. E as escolas estatais desta ou daquela região
vão ser concessionadas às administrações dos colégios privados. Porque não
deixa de ser curioso: com o mesmo tipo de crianças, com as mesmas origens
geográficas e sociais, um colégio com contrato de associação consegue
resultados muito superiores à escola estatal do outro lado da rua. Temos de
aproveitar isso, temos dar às nossas crianças todas as oportunidades. Por isso,
dezenas de experiências-piloto vão arrancar este ano, dezenas de escolas
estatais passarão a ser geridas por colégios privados. Se os resultados
melhorarem, essa mudança será oficializada em todo o país". Ora, no final
deste discurso, já a impressa estaria cheia com a habitual salada de
inconstitucionalidades e neoliberalidades. Estaríamos a melhorar o rendimento
escolar das nossas crianças (com base em dados insofismáveis) e estaríamos a
poupar dinheiro do erário público (com base em dados insofismáveis), mas, pois
claro, tudo isto seria inconstitucional antes do almoço e fascista depois dum
copinho de vinho.
PS: sobre os custos: Auditoria do
Tribunal de Contas revela que alunos das escolas privadas saem mais baratos ao
Estado .
PS: sobre os dados dos diferentes
países, ver Eurydice, 2012, Key Data on Education in Europe.
PS: sobre os resultados,
compare-se, por exemplo, a posição no ranking do Colégio Bartolomeu Dias com as
escolas estatais da mesma zona (Loures, Alverca).
Na retina ficaram o golão do Matic e a bomba do Gaitan, mostrando mais uma vez a razão de ser do futebol.
O Porto apresentou-se preocupado
em não perder, muito compacto, apostando no erro do adversário, temendo
claramente o ataque demolidor encarnado. Pressionando alto criou alguma
instabilidade na defesa do Benfica, o que lhe proporcionou o 2º golo, a juntar
à inação da defesa vermelha no 1º. Com a frente de ataque bem aberta e bem
apoiada pelos laterais, dificultou sobremaneira a fluência do jogo adversário
que assim tinha dificuldade em municiar os pontas-de-lança. Porém, em todo o
jogo, os brancos, não criaram uma única oportunidade de golo!
O Benfica entrou algo nervoso,
revelando ainda algum défice de controlo emocional que lhe (nos) custou dois
golos. A excelente reação aos desaires nos golos brancos revelaram caráter e
talento, desmantelando em ambas as ocasiões, a “muralha” defensiva adversária -
era disto que o pereira tinha medo. Muita dificuldade em organizar as saídas e
falta de fluidez nas alas. A entrada de Aimar
quase alterou decisivamente este cenário, devido à sua superior visão de jogo e
à sua extraordinária capacidade em zonas muito povoadas. Então sim, a defesa
branca viu-se em grandes dificuldades devido à amplitude e precisão dos
lançamentos do miolo Benfiquista. Helton salvou
a sua equipa da derrota com uma esplêndida defesa ao colocadíssimo remate do Cardozo, isolado por magistral passe de Gaitan. Faltou meia-distância, faltou eficácia
no jogo aéreo ofensivo e faltou assistência nos ressaltos.
João Ferreira inspirava alguma
tranquilidade face às habituais nomeações para estes jogos, mas…esteve mal! A
gestão disciplinar beneficiou os brancos, permitindo que abusassem do jogo
faltoso. À exceção de um caso na 1ª parte em que o Moutinho viu estrelas, nunca
assinalou, contra aqueles, faltas em zonas perigosas. Perdoou-lhes duas grandes
penalidades; uma num derrube pelas costas sobre Gaitan iniciada ainda antes da
grande-área quando este se acercava da baliza com grande perigo; outro já nos
descontos num derrube a Garayquando
este se movimentava para responder ao cruzamento do Carlos Martins (salvo
erro). Não fiquei esclarecido quanto ao fora de jogo assinalado ao Aimar, que, no lance final rematou ao lado.
Homens do jogo: Matic, Helton e João Ferreira.
Parabéns ao sr. viegas, que,
jogando por fora, viu satisfeito o seu implícito recado. Para o sr. pereira
ofereço-lhe um saco onde poderá meter a viola que para cá trouxe e ir cantar o
fado da desgraçadinha para outra rua. Respeitinho sr pereira, muito respeitinho,
acabando-se as abébias dos homens do apito, outro galo cantará. o Benfica mostrou mais e melhor futebol.
Um abraço quebra-nozes para o Mário Dinis e para o CM.
Notícia do CM de 13.01.2013
"Ele ia morrer, tirei-o a tempo"
"Estão bastante feridos e assustados, mas vivos". Mário Dinis, 52 anos, que anteontem resgatou do mar dois pescadores furtivos que naufragaram devido à forte ondulação, já consegue respirar de alívio. O barco onde seguiam Joaquim Vieira e Fernando Reis deu ontem à costa, próximo do local do naufrágio na praia da Barra, em Ílhavo. Os dois pescadores recuperam em casa.
Esta é mais uma história que Mário Dinis tem para contar. Com os dois salvamentos que fez ontem, já são quatro os homens que retirou do mar. "Já há quem me chame ‘O Anjo da Guarda da Barra’", brincou o empresário, apaixonado pela pesca desportiva, que anteontem salvou da morte dois homens que saíam para a pesca ao robalo.
Rejeitando o título de herói, Mário Dinis conta que quando está no mar, está sempre "preocupado a ver se está tudo bem". Anteontem, cerca das 17h30, quando regressava a terra, apercebeu-se de que os pescadores estavam em perigo.
"O mar tinha vagas muito grandes, e deixei de os ver. Ouvi gritar e avancei de imediato", contou. Junto ao barco, com o colete vestido, Mário encontrou Fernando Reis. "Vi que ele estava seguro e pedi--lhe para esperar", lembrou. Avançou com o barco à procura de Vieira. "Se não chego naquele momento, ele ia morrer. Tirei-o a tempo", suspira, aliviado. O salvamento dos dois homens demorou cerca de uma hora.
Francisco Joé Viegas está muito preocupado com o árbitro nomeado para o próximo Benfica-Porto, por Filipe Vieira, em tempos, ter referido que confiava em João Ferreira, e por este ter feito o que lhe competia relatando as cenas de violência que testemunhou nos balneários da Luz no final do Benfica- Porto (1-0).
Não consta que se tenha indignado com a não irradiação do desporto dos autores das agressões, nem com a minimização pelo "célebre" Conselho de Justiça da FPF dos castigos que lhes tinham sido aplicados pelo Conselho de Disciplina da LPFP!
Nem consta que se tenha indignado com os erros grosseiros das equipas de Proença, Soares Dias, Xistra, Elmano, Benquerença e outros, que têm permitido ao seu clube açambarcar títulos sem causa!
Nem consta que se tenha indignado perante dirigentes constituidos em conselheiros matrimoniais de árbitros em véspera de estes arbitrarem jogos do seu clube! Nem consta que se tenha indignado com o ambiente de "terrorismo" verbal criado pelos dirigentes do seu clube sobre Hermínio Loureiro, levando-o a demitir-se da presidência da LPFP. Um ato revelador da subjugação desta ao seu clube por falta de coragem dos respetivos dirigentes!
Nem consta que se tenha indignado com a atuação da Justiça no caso do Apito Dourado, ou da PSP do Porto, ou do Ministério Público do Porto, que se revelaram incapazes de condenar alguns arguidos, entre os quais o presidente do seu clube, graças a vicissitudes processuais várias!
Nem consta que se tenha indignado com as alterações introduzidas previamente pelo poder político ao Código Civil, que resultaram na inadmissibilidade das escutas como elemento de prova e da consequente absolvição de alguns dos principais arguidos, perante a perplexidade dos portugueses!
Nem consta que se tenha indignado perante a atitude discriminatória que se tem vindo a observar na cidade do Porto relativamente aos Benfiquistas.
Nem consta que alguma vez se tenha indignado com a escalada de ódio que tem vindo a ser fomentada contra Benfiquistas por figuras do seu clube, a ponto de, com a cumplicidade das autoridades locais, lhes ser vedado o acesso a partes da cidade, de uso exclusivo dos adeptos portistas, como se se tratasse de território sob jurisdição destes!
Nem consta que tenha revelado preocupação pela crescente satelitização dos clubes de futebol ao seu clube, transformando-o em campeão virtual perpétuo!
Nem consta que tenha revelado preocupação pela delapidação de dinheiros públicos resultante do financiamento da construção e manutenção do centro de treinos do Olival, dirigido pelo presidente do seu clube, sem lá ter posto um tostão!
Nem consta que tenha revelado arrependimento pela descortesia com que, implícitamente e reiteradamente, tratou o Spor Lisboa e Benfica e os seus 14 milhões de adeptos, enquanto Secretário de Estado da Cultura do Governo da Nação (não do "Governo do Porto")!
Durante muito tempo acreditei que o Sr. Viegas era um Portista; pela cordialidade que habitualmente exibe, pela empatia que a sua figura suscita, pela sua condição de homem de cultura. Humanismo, patriotismo e universalismo pareciam-me qualidades evidentes. Afinal é apenas mais um guarda abel...das letras! Em vez da metralhadora usa a caneta mas...a mesma merda habita a sua cabeça. Sr Francisco José Viegas, vá regar o manjerico ff!
Enquanto
se ultimavam os preparativos da operação “Torpedo”, Alpoim Calvão tem
conhecimento de que no rescaldo dos granéis (incidentes) do Copolim, dois marinheiros
se encontravam sob prisão nas Instalações Navais de Bissau (INAB). Eram dois
corrécios, cujos nomes de guerra não deixavam margem para dúvidas, atestando
bem o caráter daqueles homens: “Tarzan” e “Mil Diabos”. E quando pergunta se
está tudo pronto para embarcar, o oficial de serviço às INAB, segundo-Tenente
Salgado Soares, informa comprometido:
- Há dois elementos que dizem que não vão
porque estão presos e não podem nem querem ir.
- Mais do que
ninguém esses homens têm que ir - responde peremtóriamente Calvão.
Tinham
sido eles os causadores de toda aquela situação, era inaceitável ficarem agora
de parte. Constata, no entanto, com alguma surpresa, que tanto dos oficiais do
destacamento como do oficial de serviço às INAB, não havia grande empenho em
fazer os homens mudarem de decisão. Assim, vai ele próprio tratar do assunto.
“Resolvi pessoalmente fazê-los embarcar. Chamei o oficial de serviço para ir
comigo e levar a chave para abrir a porta. Entrei na prisão e lá dentro, não
disse nem bom dia nem boa tarde nem boa noite, a primeira coisa que faço, é
tirar os galões dos ombros, entrega-los ao oficial de serviço e dizer:
-
Meus amigos, fazem favor venham daí que
vocês têm de ir à operação. Vocês fazem parte do destacamento e têm de ir. E,
não fossem estar distraídos, acrescentei:
- Ah, e se querem discutir comigo eu já
estou sem galões nos ombros…
Bom, eles lá perceberam qual era
o tipo de discussão a que me referia, e eu preparei-me para qualquer
eventualidade, mas eles caíram em si e lá resolveram seguir para a operação:
-Comandante, a gente vai, mas…
- Não há mas nem
meio mas! Vocês vão e pronto!
E foram. Mandei chamar o
comandante do destacamento e disse-lhe que os dois homens também iam na
operação e levavam o morteiro 81 às costas, um carregava o prato e outro o
tubo. Assim sucedeu e a coisa correu bem.
(tratava-se da preparação da
operação “Torpedo”, atribuída a título de castigo ao DFE7 - Destacamento de
Fuzileiros Especiais N.º 7 - por violação das ordens do Governador por parte
daqueles fuzileiros, que visavam o bom relacionamento e proteção das populações
locais. Esta operação consistia no desembarque e “varrimento” da ilha do Como,
suposto santuário dos guerrilheiros do PAIGC)
Pág. 201:
(O navio motor “Bandim” fora
capturado aos portugueses pelos guerrilheiros do PAIGC na sequência de uma emboscada
na subida sem escolta, no rio Cacine e, em Maio de 1963, sendo a partir daí
vital para reabastecimento da guerrilha)
Extrato do relatório de Alpoim
Calvão de 7 de Março, da operação de neutralização do navio motor “Bandim”
(pág. 203):
…Às 19.10 começou-se a distinguir no azimute
070 o ruído dum motor que se foi avolumando e pelas 1930 avistou-se, a cerca de
200 metros a silhueta do N/M Bandim que levava somente uma pequena luz acesa na
casa do leme. Mandou-se arrancar com os motores tendo os botes largado quase
simultaneamente com ligeiro atraso do bote n.º 2, cujo motor demorou mais tempo
a pegar. O bote n.º 1 colocou-se nos setores de popa do Bandim, enquanto o n.º
2 seguia a ocupar uma posição no través de EB. O bote n.º 1 fez tiro de LGF
88.9 a 150 metros de distância, tendo-se o rebentamento verificado muito perto
do alvo, enquanto se abria fogo de MG 42.
O Bandim respondeu
com fogo de armamento ligeiro automático, guinando acentuadamente para a margem
da REP. GUINÉ.
Entretanto
continuou-se a fazer fogo de bazuca, obtendo-se um impacte em cheio ao 3º tiro,
manobrando os botes rapidamente, procurando manter uma posição desfasada de
90º, em relação ao objetivo.
Da posição 10º 54’.6
N 15º 02’.03 W, a oeste da VILA de KADINE, verificaram-se muitas tracejantes de
metralhadora antiaérea - calculadas em número de seis – na direção aproximada
do local do contacto, mas passando bastante altas. Desse mesmo ponto, foi feito
tiro de artilharia ou de morteiro de grande calibre, em vários azimutes, ouvindo-se
um total de 20 rebentamentos, uns curtos outros compridos, revelando uma certa
desorientação. Simultaneamente e a N desta posição, já na nossa ILHA de
CANEFAQUE, fez fogo uma metralhadora pesada, com tiro tracejante, ao lume de
água, bastante mais ajustado. Da canoa referida anteriormente, foi feito fogo
de PPSH, sobre os botes, tendo contudo retirado rapidamente da zona de contacto.
O combate com
BANDIM continuou, obtendo-se outro impacte de LGF, que obrigou o alvo a começar
a navegar em círculo., acabando por penetrar num esteiro, encalhando
profundamente na posição 10º 56.1’ N 15º 00.6’ W, e desaparecendo da nossa
vista. Perseguiu-se o BANDIM por dentro do esteiro, obtendo-se novo impacte de
LGF, aproximando-nos a cerca de 10 metros para o lançamento de granadas de mão.
Do tarrafo foi feito fogo de arma automática, a que se respondeu com rajada de
MG 42, abordando-se o navio.
Logo que se
penetrou no N/M BANDIM, foram encontrados vários indivíduos mortos –
posteriormente veio-se a verificar que eram seis -, dois dos quais junto à
entrada da casa da máquina e da casa do leme.
O fogo foi lançado
por meio de uma granada de mão defensiva, lançada para o interior da casa das
máquinas. O BANDIM começou a arder lentamente e só, quando os botes alcançaram
o meio do rio Inxanxe, se verificou uma explosão surda, seguida de altas
labaredas. Quando se alcançou o R/V(rendez-vouz) ainda se distinguia nitidamente o clarão do BANDIM.
…O marinheiro “Setúbal” foi um dos cantores à força: “O regresso foi difícil porque não dávamos
com o patrulha. Então, resolveu mandar-nos cantar explicando-nos que o som
junto à água se propaga mais depressa. Ainda tentei resistir, mas era
impossível, todos tínhamos que cantar, não havia exceções. Ele desatou a cantar
a Samaritana, depois óperas, e só descansou quando por fim, bastante tempo mais
tarde, lá vimos a luz do patrulha e viemos embora.
(o local do RV era um cabeço no
meio do rio, onde os fuzileiros aguardaram o patrulha)
Não sei ao certo quantos jogadores de futebol sénior tem o Benfica.Talvez 45/50 entre as duas equipas. Parece-me hoje clara e justificada a estratégia de contratações que antes me parecia absurda. Este plantel alargado, sujeito à verticalização das dinâmicas de jogo adotadas, constitui a base de construção da equipa principal, reduzindo o tempo de entrosamento, aumentando a flexibilidade da equipa, diversificando as soluções táticas, incrementando a estabilidade desportiva, proporcionando a renovação progressiva e, no médio prazo, uma redução dos custos de contratação.
Muitos criticaram o excesso de contratações sem justificação à vista, devido a vários fracassos mais evidentes. Estes continuarão inevitávelmente a ocorrer, tendencialmente com menor frequência dada a natural "afinação" da área da deteção e recrutamento, área esta com peso estratégico decisivo na sustentabilidade dos clubes de futebol atual. Estruturar este plantel alargado é tarefa muito delicada, na medida em que deverá contemplar resposta para todos os setores da equipa e um escalonamento etário que permita responder à inevitável e sempre crítica renovação.
Esta foi uma medida de gestão estratégica de grande alcance, que deverá ser creditada aos dirigentes do meu clube e que, não tenho dúvidas, o conduzirá a superior patamar competitivo, compatível com o seu formidável historial desportivo do Benfica. O esforço efetuado para manter a atual equipa técnica proporcionou a estabilidade sem a qual isto não seria possível. Fomentar instabilidade a todos os níveis é a estratégia dominante dos nossos adversários, complementada com o tal negócio da fruta.
Ocorreu-me isto dada a forma tranquila e eficaz com que a equipa técnica e os atletas têm ultrapassado todas as sucessivas dificuldades que se têm verificado. Tal traduzir-se-á em ganhos de confiança, induzindo instabilidade nos adversários ao perceberam ineficazes os tradicionais métodos de desestabilização que utilizam.
O resultado deste trabalho esteve patente neste jogo, pela quantidade de atletas menos frequentemente utilizados e pelo resultado obtido.
Desde que o vi jogar no clube criei espetativas elevadas relativamente a Kardec; bom porte atlético, boa técnica de remate - dois pés? -, sobretudo, exímio cabeceador; ao nível das grandes tradições do clube neste particular. Pareceu-me ter dificuldade em pisar o terreno a preceito; parece inconsequente sem e com bola. Marcou um golo muito oportuno - o passe do "João", como habitualmente, foi fabuloso - e a assistência para o 2º do Lima foi soberba. Em ambos os lances apareceu no sítio certo, com a visão correta e o gesto técnico adequado. Parabéns, Reganhei a espetativa inicial e estou convicto que Jorge Jesus vai fazer dele um jogador de categoria. Paciência, inteligência e perseverança são os atributos necessários. Oxalá não faltem.
Passes a rasgar e meia distância são duas características de André Gomes que muito me agradam, até porque são apanágio das equipas do Benfica ao longo dos tempos. Há que continuar com humildade e galhardia.
Rodrick voltou e necessita de jogar para desenvolver e consolidar as qualidades que sabemos que tem.
Lima esteve soberbo e, não tarda, terá o seu hat-trick.
Já Bruno César está claramente desmotivado por ver o comboio a fugir. Não desanime. Ponha as suas enormes qualidades no terreno, trabalhe, atente à orientação do Treinador e melhores dias virão. O Benfica é um clube de inveterados lutadores.
Não me pareceu mal a equipa de arbitragem, contráriamente aos comentadores, que estiveram desastrados, reinventando os factos, eventualmente, por imposição editorial.
Dados os antecedentes, temi o pior. A Académica é um clube satélite dos "brancos" que, tradicionalmente, beneficia de erros grosseiros de arbitragem, nomeadamente contra o Benfica. Receava uma razia, mas, felizmente, enganei-me.
Mas não me engano na convicção de que, com equipas jogando em 45 metros do relvado, o futebol português não tem futuro. Tal foi o caso deste adversário e de muitos dos anteriores. Quem trata de resolver este assunto?
É a coisa mais cansativa do debate em Portugal: a falta de coerência, a falta de coragem para se assumir as consequências da escolha x ou y. As pessoas, organismos e partidos que estão a berrar contra os cortes propostos pelo FMI também gemem contra o aumento de impostos. Gritam contra tudo, querem tudo, querem uma coisa e o seu contrário, querem manter ou aumentar a despesa, mas, ora essa, são contra mais impostos. Vamos lá ver se nos entendemos: esta boa gente pode criticar à vontadinha os cortes, mas, depois da gritaria, tem de ser consequente. Caso contrário, esta turma indignada entra no terreno do populismo. O que é o populismo? É a aldrabice política que diz às pessoas aquilo que elas querem ouvir. E ainda por aí muita aldrabice travestida de "defesa da Constituição".
Se quiser ter um mínimo de coerência, a tribo do não-me-toques na despesa tem de responder a duas questões. Primeira: se grande parte da despesa do Estado é mantida pela dívida, como é que vamos manter essa despesa num cenário marcado pela escassez ou ausência de crédito para o Estado português? E imaginemos um cenário pós-troika: sem o professor alemão na sala, vamos voltar a emitir dívida como um bulímico? Vamos repetir a receita Sócrates, isto é, aumentar a dívida pública em 93%? E como é que se governa à esquerda sem um aumento da dívida, isto é, sem uma crescente dependência dos mercados? Até hoje ninguém respondeu a isto.
Segunda questão: é possível manter os níveis de despesa (que aumentam automaticamente devido aos direitos adquiridos) sem um aumento de impostos? Não, não é possível. Lamento, mas a matemática limita o livre-arbítrio nestas matérias chatinhas. Se quiser ser honesta intelectualmente, esta boa gente tem de defender um aumento massivo de impostos para a classe média. Sim, para toda a gente. Não me venham com a história dos ricos: se expropriássemos neste momento as maiores fortunas do país, ficaríamos com dinheiro para pagar, sei lá, o buraco das empresas de transportes públicos de Lisboa e Porto. E o resto? Quem pagava? Depardieu? Portanto, se não quer cortes, se acha que o Estado está ótimo, a tribo da gritaria só tem uma opção política respeitável: afirmar que um aumento brutal de impostos é um bem em si mesmo. Na política, o livre-arbítrio tem limites, porque as escolhas que fazemos têm sempre consequências, mesmo quando as pessoas recusam vê-las. Diz que é a vidinha.
As famílias comemoravam, no local
da boda, o aniversário do casório dos seus rebentos. Pelo canto do olho, ia observando o andamento do jogo do Benfica
com, não sei que clube, para o campeonato. - Têm-se feito grandes progressos no futebol do Benfica. Disse
eu, dando alguns exemplos. - Ah!, mas ainda há muito por fazer, a equipa ainda
não funciona bem…os gajos lá de cima estão muito fortes…eu…sou Benfiquista mas
sei ver as coisas…
2º Ato:
Abri a
porta do gabinete, com vista para o mar, do Mário, onde ia tratar de negócios. -
Bom dia, está bom? - Tudo bem e você?. -Também; o benfas ganhou, que se lixe o
resto. Retorqui satisfeito, enquanto puxava de uma cadeira. - Pois…eu…sou...Benfiquista,mas…não sou assim…doente!,
aqueles gajos lá de cima não têm vergonha!
3º Ato:
- Já sabia que estavas aqui
Jorge. Disse, ao entrar com o júnior no café dos círios onde diariamente
tomamos a bica do almoço, ao vê-lo apoiado no balcão tagarelando com o João.
- O cheiro a suor, nota-se ao longe!, só podias ser tu! Gracejei,
aludindo à sua tradicional descontração, puxando o jornal da mesa do lado e perguntando
num fole, divertido, ao amigo João, que já tirava as bicas da velha máquina. -
Então Sr João, morreram muitos? - Acho que não. Respondeu, com as bicas
fumegantes em nossa direção e um sorriso cúmplice. - Gostou do Jogo?
Perguntei-lhe. - É pá!, grande frango deu o Artur! Respondeu de imediato o
Jorge. Com o à vontade que a nossa amizade permite retorqui de imediato: - é
pá és mesmo um Benfiquista rasteirinho, pequenino…então, com tanta coisa boa
que aconteceu no jogo, o que te ocorre de imediato, é o frango do Artur? - É pá, sou Benfiquista mas sei ver
o que está mal…não é só as coisas boas! Respondeu o Jorge, continuando: -
Rasteirinho…pois…já sei…resmungou entredentes, dirigindo-se
apressadamente à saída. Desatámos a rir. Eu, o júnior, o Jorge e o João,
somos Benfiquistas.
O Jogo em causa era o
Estoril-Benfica realizado na noite de sábado - 5.01.2013 -, onde a equipa do
meu clube marcou três tentos de alto gabarito para gáudio dos amantes de
futebol,com destaque para o do Gaitan, graças
a um gesto técnico que nunca vi fazer a quem quer que seja nem de tal coisa ouvi falar!
Conclusão:
Não sei quando começou nem sei
bem porquê, mas há muito que se criou o mito da elevada exigência dos sócios e
adeptos do Benfica. Uma suposta exigência diferente da dos adeptos dos outros
clubes, por ser mais esclarecida e menos tolerante, baseado no pressuposto da
sua alegada maior cultura desportiva,maior capacidade auto-crítica e de confronto sem concessões; seja relativa ao jogo,
ou à gestão do clube. Esta teoria tem que se lhe
diga e, em geral, não acredito nela, hoje mais convicto que ontem.
O que é certo é que esta
“doutrina” fez escola entre os Benfiquistas. De tal modo que, Benfiquista que se preze, seja onde
for, trata de explanar a sua superioridade de adepto, começando por,
doutamente, dizer mal do seu clube, justificando os insucessos com erros próprios,
pondo-se assim a coberto da dialética de confronto com adeptos
adversários, cujos clubes, frequentemente, acabarão por elogiar, relativizando as
mais grotescas e despudoradas trafulhices que não poucas vezes estes praticam ou
promovem.
Ou seja;fazendo passar a mensagem do “deixem-me em
paz, pois até acho que têm razão”. Em suma, entendo que, na maior parte dos
casos, se trata de seguidismo amarelo. Lembra-me aquele pai que, assistindo à
derrota do filho vítima de adversidade ou artimanhas várias,
despeitado, em vez de o acarinhar e incentivar, o envergonha e humilha!
Esqueceram a primordial razão que
esteve na origem da constituição do clube; o prazer da prática desportiva, a
solidariedade, a amizade, a competência, a lealdade e a união. A frase que, no emblema, apela à união, não está lá por acaso. Os fundadores do Benfica sabiam
que era condição necessária para a construção de um grande clube tal como o
idealizaram. A história dos sucessos do Benfica tem este vínculo! Vínculo que,
em boa parte, se perdeu devido a esta deriva da cultura desportiva em que o “espírito
de grupo” deu lugar à crítica compulsiva, sectária e, muitas vezes, acéfala, com a
justificação da "falsa" exigência como condição para o progresso desportivo.
Não é
possível criticar consequentemente sem considerar o universo envolvente;
entendê-lo, compreender as suas âncoras e as suas dinâmicas. É neste contexto
que deve ser feita a análise e a crítica interna, num clima de cordialidade ou
até de crispação, nunca esquecendo que ninguém é dono do Benfica e que nenhuma
entidade progride sem algum tipo de disciplina.
É pois tempo de regressar às
origens, recuperando o espírito fundador, compilando e publicando em modo
acessível, toda a documentação produzida pelos fundadores, testemunhos fiáveis
e acontecimentos emblemáticos, onde a determinação e a solidariedade entre
Benfiquistas foram visíveis. Voltemos a ser,